A origem do uso de espelhos em elevadores se deu após a Segunda Guerra Mundial, quando o número de prédios altos aumentou exponencialmente e as reclamações de lentidão dos elevadores também.
Essa estratégia deu às pessoas algo com que se ocupar durante o trajeto, fazendo com que elas não percebessem o tempo de espera dentro do elevador.
A noção de tempo é relativa e quando estamos esperando, sem fazer algo para nos distrair, a sensação de que o tempo não está passando é maior, ou seja, a função do espelho é psicológica e atua no sistema límbico. Quando ficamos entediados, passamos a prestar atenção a tudo e o tempo passa mais devagar, já quando estamos distraídos libera-se dopamina, neurotransmissor que causa bem-estar, alterando a percepção do tempo, fazendo-o passar mais rápido. Assim, ter um espelho nos elevadores, possibilita às pessoas darem uma olhada em quem está ao redor, ajeitarem o visual, dando a sensação de que o elevador é mais rápido. Mas atualmente, o uso dos espelhos em elevadores vai muito além disso, confira:
- Sensação de maior amplitude e auxilio à claustrofobia Os espelhos não possuem somente a função de distrair os passageiros, mas também de dar a sensação de que o espaço é maior, auxiliando quem sofre de claustrofobia, medo de lugares fechados e de confinamento, pois melhora a percepção do ambiente e seu tamanho. Desta forma, as chances de crises claustrofóbicas diminuem consideravelmente, oferecendo maior qualidade de vida para essas pessoas que não precisam mais enfrentar lances e lances de escada para evitar crises, proporcionando uma melhor experiência nesse momento de tensão.
- Auxílio a cadeirantes O espelho ajuda os cadeirantes ao manobrar a cadeira de rodas dentro do elevador. Devido ao seu tamanho restrito, os cadeirantes costumam sair de costas e o espelho ajuda a visualizar as pessoas que estão atrás, assim evitando acidentes e desconfortos. Inclusive, o uso do espelho para este fim é item constante da norma da ABNT 313:2007, a qual dispõe sobre requisitos particulares para acessibilidade de pessoas com deficiência.